A corretora Bitso vê um aumento de dez vezes em sua base de usuários ano a ano. A adoção de criptomoedas aumentou significativamente na região da América Latina e em países afetados pela inflação.

A plataforma de negociação de criptomoedas Bitso relatou um aumento de 1.000% no número de usuários individuais da Colômbia desde o mesmo período do ano passado. A empresa também diversificou sua oferta de produtos e serviços para clientes institucionais e de varejo. A adoção de cripto tem aumentado em todo o mundo devido a
inflação e as perspectivas iminentes da queda do dólar.

“O salário mínimo nos EUA é de $ 13/h, que é aproximadamente $ 100- $ 130 / dia e “eles” dizem que é uma sociedade moderna.

Você pode imaginar como algumas pessoas lutam para viver com inflação de até 6-10% e o FED continua imprimindo trilhões para os ricos.

Todos nós devemos lutar pela adoção de criptomoedas a qualquer custo. É a única maneira de melhorar a vida das pessoas e não há como voltar atrás.”

A Bitso, uma bolsa global de ativos digitais fundada em 2014 no México, tem sido uma das plataformas de cripto mais populares da América Latina. No ano passado, a empresa chegou à Colômbia com sua oferta de stablecoin, promovendo opções de ativos e poupança menos expostas a choques de volatilidade por meio de moedas como
Tether (USDT), Euro Coin (EUROC) e PAX Gold lastreado em ouro (PAXG), atraindo imenso interesse de clientes do varejo que procuram proteger seus fundos da depreciação.

A região da América Latina tem estado na vanguarda da adoção de criptomoedas, com Brasil e México liderando a lista dos países com residentes com maior probabilidade de comprar cripto no próximo ano, de acordo com o relatório da Gemini no ano passado.

Tendências semelhantes estão em ascensão em outros países latino-americanos. De acordo com pesquisas da GWI, a posse de criptomoedas na Argentina foi a segunda maior do mundo com 23,5%, logo após a Turquia com estimados 27,1% – em ambos os casos, uma vantagem significativa sobre a média global de 11,9%. Ambos os países têm lutado contra uma inflação descontrolada superior a 50% na comparação anual na Turquia e atingindo 104% na Argentina, conforme dados de março de 2023.

Um exemplo clássico de adoção massiva e, ao mesmo tempo, bem-sucedida de cripto é El Salvador, onde o Bitcoin tem curso legal desde 2021. Em fevereiro deste ano, até o Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos guardiões do sistema fiduciário, admitiu que os riscos do Bitcoin em El Salvador “não se concretizaram”.

Considerando a possibilidade de calote do dólar, países de outras regiões podem seguir o exemplo em breve. No Líbano, onde a inflação aparentemente atingiu o teto com a taxa anual próxima a 300%, os cidadãos recorreram à criptomoeda para sustento diário, como comprar mantimentos.

Fonte: CoinPaper