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Custo de energia na Europa atinge novo recorde com crise do gás, resultado do ESG


O custo da energia na Europa voltou a disparar em meio a uma crise de abastecimento de gás natural que aumenta a pressão sobre os políticos da região para que façam mais para proteger a indústria e os consumidores.

Os preços da eletricidade na Alemanha e na França atingiram novos recordes após um salto de 8,9% nos contratos futuros de gás. O combustível está próximo do nível visto pela última vez nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia pela Rússia, quando os preços atingiram máximas intraday sem precedentes.

O aumento dos custos de energia alimenta a inflação, enfraquece o euro e prejudica a atividade de fábricas em meio a cortes de fornecimento de gás da Rússia. Com a região já a caminho de uma recessão, o fracasso em conter a crise ameaça estimular a agitação social e política se a escassez de oferta provocar apagões e deixar lares sem aquecimento neste inverno.

O continente depende fortemente das importações de gás natural liquefeito para preencher a lacuna deixada pela Rússia, mas a competição pelo combustível com a Ásia se intensificou após uma relativa calmaria. Os preços asiáticos também estão em alta à medida que as concessionárias correm para garantir suprimentos antes do inverno no hemisfério norte.

Os ministros de energia da União Europeia devem realizar uma reunião de emergência para discutir a disparada de preços. Os países membros já reservaram quase US$ 280 bilhões para aliviar o impacto dos preços, mas é improvável que isso seja suficiente. No Reino Unido mais da metade das famílias correm o risco de não conseguirem pagar as contas, que provavelmente aumentarão cerca de 80% a partir de outubro.

O preço da eletricidade para o ano que vem na Alemanha subiu 17% para um recorde de 750 euros por megawatt-hora. O contrato equivalente na França saltou 12% para 880 euros, cerca de 10 vezes o nível de um ano atrás.

Isso contribuiu para uma lista cada vez maior de vítimas, com alta nos custos de tudo, desde a produção de zinco e alumínio até fertilizantes. Anúncios sobre cortes de produção são feitos quase diariamente. A produtora de fertilizantes Yara International foi a última grande empresa a implementar freios na produção europeia.

“Os preços da energia na Europa mostram poucos sinais de queda”, disse a BMO Capital Markets em nota. “A crescente crise global de energia já levou a cortes de produção de várias commodities.”

Nossa opinião

É importante lembrar que vários países europeus condenaram alguns métodos de produção de energia para agradar o movimento ESG. No último mês por exemplo, vimos o parlamento europeu se contorcendo para aprovar uma mudança na lista do que é considerado energia verde.

Os parlamentares acabaram incluindo a exploração de gás natural e energia nuclear na lista de energia verde.

Para nós, isso só demonstra que a intervenção estatal para forçar a mudança de paradigmas não só não funcionam como também são prejudiciais para os indivíduos.

Fontes: Bloomberg e EPBR


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